Helder Farias
Debate sobre as leis e a possibilidade de uma inclusão efetiva das pessoas com deficiência foi a pauta no sábado, dia 30 de janeiro de 2009, no campus básico da UFPA.
O acesso a uma educação de qualidade por parte das pessoas com deficiência foi debatido no último sábado, dia 30, durante a discussão do tema: Acessibilidade: Uma ponte para a educação verdadeiramente inclusiva.
Os trabalhos foram iniciados pela professora Marilena Guimarães, que mostrou algumas leis de âmbito federal, estadual e municipal, a respeito da inserção ao convívio escolar e a sociedade de um modo geral.
Ela disse que é de fundamental importância que as pessoas conheçam as leis que escabelem os direitos de pessoas com necessidades educaionais especiais e que as escolas tem que considerar que a diversidade e as diferenças, precisam ser vista de forma positiva. Tratados internacionais como a declaração de direitos humanos e a Constituição Federal, foram mencionados pela professora, mostrando que o estado cria leis, mas ressaltando que não são cumpridas devidamente.
Logo em seguida falou o professor Ademilson Souza, representante da SEDUC, Secretaria de Educação do Estado do Pará, que abordou a questão da acessibilidade sob o ponto de vista político. Ele enfatizou que a “política democrática é fundamental para as ações de acessibilidade, que é direito de todos”. O professor disse que a SEDUC está em ação para que no âmbito dos transportes, escolas e nas vias da cidade, a pessoa com deficiência tenha condições de se locomover e exercer sua cidadania.
O jornalista Francisco Weyl seguiu a apresentação e, em seu breve discurso, enfocou a acessibilidade dos mais pobres aos bens de consumo, aos meios de comunicação e a democratização do conhecimento. Sobre a transversalidade das políticas de inclusão, Weyl levantou uma questão que contou com o apoio dos que estavam presentes: “Muitos pensam que apenas a questão da locomoção é importante”, disse, “mas as pessoas com deficiência precisam de moradia digna, emprego e outras condições básicas inerentes a todos os cidadãos”.
Por último tomou a palavra a deputada estadual e advogada Regina Barata, encerrando o debate. Ela aproveitou a oportunidade para falar sobre sua luta em prol dos cidadãos com deficiência, sendo ela própria deficiente desde os 20 anos de idade, e as histórias que viveu. Contou, por exemplo, como uma participante da platéia fabricou sua própria prótese com madeira tirada da região de Paragominas no interior do estado. A deputada disse em seu discurso que a “acessibilidade não é só problema de Belém mas sim, um problema global”. Na seqüência, foi aberto espaço para as perguntas do público presente ao debate.
Fonte: Agência Inclusive