COMEMORANDO BOA COLOCAÇÃO EM PEQUIM
A delegação brasileira de atletas paraolímpicos desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) no final da manhã de hoje (19 de setembro de 2008) comemorando a inédita nona colocação na Paraolimpíada de Pequim. Eles acreditam numa campanha ainda melhor na próxima Paraolimpíada, em Londres, em 2012. Em Pequim, o Brasil conquistou 47 medalhas - 16 de ouro, 14 de prata e 17 bronzes.
“A gente superou as expectativas que o comitê tinha colocado. É a melhor colocação que o Brasil já teve”, exaltou o nadador André Brasil, detentor de quatro medalhas de ouro e uma de prata em Pequim. Para ele, a delegação brasileira deverá buscar, em Londres, ficar entre as oito maiores potências do mundo nas Paraolimpíadas.
A boa colocação em Pequim também foi comemorada pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro. “A meta não era tão ousada: era o décimo-segundo lugar. E chegamos em nono, com uma quantidade maior de medalhas de ouro do que em Atenas. O resultado alcançado é muito expressivo e estamos muito felizes com esse resultado”, disse o secretário-geral do comitê, Andrew Parsons.
Para o maior atleta brasileiro nessa competição, o também nadador Daniel Dias, detentor de nove medalhas - quatro delas de ouro - o trabalho planejado pelo Comitê Paraolímpico foi bem desenvolvido. “É um trabalho excelente, fantástico mesmo. Há competições todos os anos. Para a gente, isso é muito importante. Antigamente, não tinha competição e hoje nós temos um calendário fixo”, afirmou.
Na avaliação de Dias, a boa campanha brasileira em Pequim foi resultado dos patrocínios que começaram a surgir para os atletas. “Hoje posso estar vivendo da natação para poder treinar”, disse.
Apesar do bom resultado em Pequim, Andrew Parson acredita que ainda falte uma estrutura melhor para que o Brasil se torne uma grande potência na competição. “Existe uma carência de estrutura, não existe um centro de treinamento paraolímpico no país. E faz parte da candidatura olímpica do Rio 2016 a construção de um centro de treinamento, na Barra da Tijuca, e que seja adaptado também. Esse vai ser um passo fundamental para que a gente entre de vez nesse grupo de potências paraolímpicas”, afirmou.
Agência Brasil