Aconselhamento será feito nos serviços de genética clínica dos estados.
Pacientes com outras doenças também terão orientação.
Rafael Targino
Do G1, em Brasília
O Sistema Único de Saúde (SUS) vai passar a oferecer aconselhamento genético às pessoas e famílias que tiverem risco de desenvolver doenças geneticamente determinadas ou anomalias congênitas, como intolerância à lactose e síndrome de Down. A informação foi divulgada na quarta-feira (21) pelo Ministério da Saúde.
No total, três grupos de problemas passarão a ser atendidos: anomalias genéticas, erros inatos do metabolismo e deficiências mentais. Nesses grupos, estão incluídos também, além da intolerância e da síndrome, pé torto, palato fendido, defeitos do tubo neural, luxação do quadril, amputação parcial e alterações na produção de enzimas.
O aconselhamento ajuda, segundo o ministério, na prevenção de doenças hereditárias e orienta os pacientes a tomarem decisões sobre reprodução, por exemplo – minimizando as chances de que os filhos deles tenham os mesmos problemas.
Além do aconselhamento, os serviços de genética clínica dos estados e do Distrito Federal vão oferecer atendimento integral. A partir de agora, eles irão cuidar do tratamento e da recuperação dos pacientes, além de fazer todos os exames necessários. Segundo o ministério, esse atendimento era feito de forma descentralizada.
De acordo com o órgão, as doenças genéticas subiram do quinto para o segundo lugar no ranking das causas de mortalidade infantil no país nos últimos 25 anos. No Brasil, segundo dados da Organização Mundial de Saúde, 3% dos nascidos vivos têm algum tipo de anomalia congênita e as deficiências mentais atingem cerca de 15% da população.